quarta-feira, 8 de maio de 2013


                                     VERDADE QUE ESPERO
 
Na verdade, não sei de onde vim. 
Se sou de um ou de outro?                                   
Sei que dos dois não vim. 
Não sei minha origem real. 
Sei que sou alguém, uma desconhecida para uma família estranha. Já perguntei e ouço isso “ VOCÊ É LOUCA” será que sou? Ou ninguém tem a coragem de falar simplesmente? Alias, todos desse clã chamada família bem sabem do que falo. Falo pelas entrelinhas. Não quero respostas evasivas, quero saber a verdade. Verdade de uma vida, onde não me enquadro nesse rol. Bom pelo que sei e entendo quem erra é por algum motivo. Qual será esse erro que me trouxe? Porque parte de minha infância dormia na casa de minha avó? Porque levava panelada na cabeça? Porque sempre fui criticada em tudo o que fazia? Alguém que ler isso achara estranho, outros saberão do que falo. Porque você me batia, tirava minha calça e batia com chinelo na bunda? Não sei... Sei que isso marcou muito. Porque as coisas tinham que ser da maneira que os outros queriam e não da minha? Porque eu tinha que casar de branco como a tradição, levar buquê de orquídeas brancas com miolo amarelo? Para mostrar a pureza que não existia? Onde nasci? Na cama de sua casa? Numa madrugada depois do cinema? Não sei isso é somente o que ouvia pelos outros. Mas quando perguntava respostas nunca veio. Porque sempre me ameaçava por no colégio interno? Será que por ser diferente de vocês ou por não ser uma de vocês? Agora tenho eu minhas duvidas. Será que não foi alguém desse clã que mandou aquele maltido telegrama, no qual acabou com uma felicidade e uma vida? Só preciso de respostas apenas isso.........

2 comentários:

  1. Bom dia!!!

    Um texto emocionante,que nos leva de volta a infancia...nossas dúvidas...nossa perguntas sempre sem respostas...
    Gostei muito...
    Abraços Sinval

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  2. Legal Ana , difícil é termos respostas das nossas dúvidas.

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